O TERRÁRIO COMO UM MICROECOSSISTEMA
O que são terrários?
Os terrários são montagens que representam miniaturas de ecossistemas terrestres. Podem ser usados com finalidade didática ou ornamental.
Transpiração nos vegetais, fotossíntese, desenvolvimento de plantas e microorganismos, ecossistemas e interações ecológicas entre fatores bióticos e abióticos do meio ambiente, ciclos biogeoquímicos (ciclo da água, carbono, oxigênio), efeito estufa, com interação entre a biologia, a física e a química.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
· Construir um microecossistema terrário com material caseiro que demonstre a capacidade evolutiva do ser vivo e a sua importância ecológica;
· Discutir sobre as condições ambientais do microecossistema terrário comparando-o com o sistema ecológico atual, para melhor compreensão dos diferentes processos naturais que atuam no meio ambiente;
· Observar, registrar, analisar, debater e relatar as ações ocorridas dentro de um microecossistema terrário, para reorganizar conceitos sobre o mundo em que se vive.
PROBLEMATIZAÇÃO/CONTEXTUALIZAÇÃO
Quando se observa um lago, de águas tranqüilas, tem-se a impressão que a água, nele contida, está ali parada para sempre. Na verdade, existe uma constante movimentação que é imperceptível aos olhos dos observadores, isto é, a água está sempre mudando de lugar e com ela, muitos materiais também sofrem mudanças.
MATERIAL NECESSÁRIO
- Pote de vidro ou plástico transparente e grande (25 – 30cm) de boca larga com tampa (apropriada para terrário fechado);
- Solução detergente lava-louças e esponja virgem;
- Solução diluída de água sanitária;
- Carvão vegetal;
- Cascalho natural;
- Substrato de coco envelhecido;
- Terra vegetal;
- Borrifador de água;
· 1 conjunto de ferramentas para jardim tamanho reduzido (apropriado para terrário);
- 3 bacias de plástico de tamanhos variados;
- um recipiente-medida;
- um par de luvas cirúrgicas;
- gramíneas, leguminosas, samambaias, musgos... – vegetais úmidos adequados para terrários fechados tipo:
Clorofito ou gravatinha (Chlorophytum comosum); samambaia-renda-portuguesa ou samambaia-pé-de-coelho (Davallia fejeensis); mini comigo-ninguém-pode ou diefembáquia (Mini Dieffenbachia amoena); jibóia, jibóia-verde ou era-do-diabo (Epipremnum pinnatum); confete ou face-sardenta (Hypoestes phyllostachya); maranta-pena-de-pavão (Maranta leuconeura ‘Kerchoveana’); samambaia-crespa (Nephrolepsis exaltata ‘Florida ruffle’); mini barba-de-serpente ou ofiopogo (Mini Ophiopogon jaburan); grama-japonesa ou grama-preta (Ophiopogon japonicus); planta-vela ou plectranto (Plectranthus coleoides); musgo-renda ou umbrosa (Selaginella umbrosa); bandeira-branca, espatifilo ou lírio da paz (Spathiphyllum wallisi); ajuga (Ajuga reptans); amendoim-rasteiro, amendoinzinho ou grama-amendoim (Arachis repens); dinheiro-em-penca (Callisia repens); grama-misioneira, grrama-são-carlos, grama-sempre-viva ou grama-tapete (Axonopus compressus); planta-mosaico (Fittonia verschaffeltii); dinheiro-em-penca (Pilea nummularifolia); hera-sueca (Plectranthus nummularius); musgo-tapete ou selaginela (Selaginella kraussiana); herinha (Ficus pumila ‘Variegata’)
ETAPAS DE PREPARAÇÃO DO TERRÁRIO
Preparação do material:
1. Lave o pote de vidro com solução detergente (limpeza) e coloque solução sanitária (bactericida) no pote e aguarde por alguns minutos, para ação do bactericida;
2. Lave o cascalho com água corrente e deixe-o de molho na água sanitária por alguns minutos em uma bacia menor;
3. Na bacia maior, misture uma medida de pó de carvão vegetal (bactericida) com uma medida de substrato de coco envelhecido (nutriente e material de sustentação) e umedeça com água potável;
4. Acrescente à mistura anterior (item 3) duas medidas de terra vegetal (sustentação e fornecimento de nutrientes) e observe a umidade (pode-se acrescentar mais água se estiver com pouca umidade;
5. Numa outra bacia de plástico, separe porções pequenas de vegetais úmidos adequados para terrários fechados;
Preparação do terrário:
6. Retire a água sanitária do pote de vidro, passe água destilada e seque-o com papel toalha, reserve;
7. Retire a água sanitária do cascalho e lave-o com água destilada;
8. Coloque no pote uma camada de aproximadamente 2cm de fragmentos menores de cascalho (drenagem) e acrescente a mistura do item 4 de modo que ocupem aproximadamente um terço do volume do recipiente;
9. Plante pequenas porções dos vegetais no pote (não utilize mais do que quatro variedades);
10.Acrescente alguns fragmentos maiores de cascalho, como decoração;
11. Limpe as paredes do pote com papel toalha e usando o borrifador, acrescente água ao pote até ao nível do cascalho;
12.Finalmente vede o pote com a tampa e coloque-o em local iluminado.
1. Para manter o terrário vivo com os ciclos de água, carbono, hidrogênio, oxigênio e sais minerais ativos, coloque-o sob réstia de luz solar por um período do dia (manhã ou tarde), a fim de que as plantas possam realizar a fotossíntese.
2. Verifique constantemente a umidade da terra (o nível de água no terrário deve obedecer ao limite máximo do cascalho menor).
3. Cuidado! Muita umidade pode favorecer o aparecimento de bolores (o excesso desses seres pode provocar a deterioração do meio).
PARA SABER MAIS
CRUZ, Roque; LEITE, Sérgio; ORECCHIO, Luiz Antonio. Experimentos de ciências em microescala: Seres vivos. São Paulo: Scipione, 1996.
Ciência Hoje na Escola, 4: Meio Ambiente: Águas – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 3.ed. Rio de Janeiro: Ciência Hoje, 2000. 96p.
GONDIM, Maria Eunice R.; GOMES, Rickardo Léo R. Práticas de Biologia. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2004. Coleção Magister
VILLAÇA, juliana. Plantas Tropicais: Guia prático para o novo paisagismo brasileiro. São Paulo: Nobel, 2005.
MARAGON, Cristiane. Um terrário para observar o ciclo da água. Rev. Nova Escola. N.165, p.40-41, set,2003.
VALADARES, Benedita Benício. Excursão: planejamento e realizando trabalho de campo em ciências. Rev. do Prof. 21(84):15-19, out/dez, 2005.
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